sexta-feira, 24 de setembro de 2010


TURISMO NO PARANÁ


O Paraná é um dos estados que tem um grande número de parques nacionais, destacando-se o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional do Superagui. Foz do Iguaçu com cerca de 250 quedas-d’águas e 75 metros de altura, é conhecida internacionalmente. A Garganta do Diabo é uma das atrações do maior conjunto de cataratas do mundo.

Outro ponto de interesse turístico é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, onde as rochas esculpidas pelos ventos e pelas águas parecem ruínas de uma grande cidade. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre, a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas) e a Cachoeira da Mariquinha. Em Maringá existe a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo.

As praias de Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paraná e Praia de Leste são as mais freqüentadas do Paraná. São procuradas por turistas não só no verão, mas também no inverno, quando parte da população vai para o litoral fugindo do frio do planalto.

Curitiba tem pontos turísticos interessantes que merecem ser visitados: o Relógio das Flores, montado em um grande canteiro; o bairro de Santa Felicidade, onde se encontram vários restaurantes com comidas típicas de diferentes países; a “Boca Maldita”, na avenida Luís Xavier, a “menor do mundo”, pois tem apenas um quarteirão, onde políticos se reúnem no final da tarde para conversar sobre os principais assuntos do dia e trocar informações; as feiras de arte e artesanato aos sábados e domingos, além de parques e bosques.

Caminho de Ferro entre Curitiba e Paranaguá.

Paranaguá, a primeira cidade fundada no Estado, em 1648, guarda em suas igrejas de estilo barroco alguma coisa da história da época. Pode-se ir de litorina da capital até Paranaguá numa viagem bastante interessante. A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá corta a serra do Mar através de túneis e viadutos, atravessando precipícios a todo instante. A beleza da paisagem, formada pela mata quase virgem e por diversas quedas-d’água, e valorizada pelos abismos. De lancha, pela baía de Paranaguá, pode-se alcançar a ilha do Mel, onde a história e a natureza se misturam.

Na cidade da Lapa, são Benedito é festejado (13 de maio) com a congada (dança dos negros congos, de origem africana, onde descendentes de escravos falam, recitam, cantam e dançam).

Outras danças populares são o curitibano, com os pares fazendo roda; o quebra-mana, uma mistura de valsa e sapateado; e o nhô-chico, dança ao som de violas, característica do litoral.

Durante o ano inteiro, se realizam feiras e festivais, destacando-se a München Fest de Ponta Grossa, o Festival de Música de Londrina, Festival do Folclore, a Feira do Comércio e Indústria e a Feira de Móveis do Paraná (Movelpar).

Localizado no município de Ponta Grossa, a 969 metros de altura, no verde dos Campos Gerais, está o Parque Estadual de Vila Velha, com suas rochas esculpidas artisticamente pela natureza, ao longo de 350 milhões de anos. As formações rochosas recebem diferentes denominações, de acordo com as figuras às quais se assemelham. Entre as centenas existentes, as mais facilmente reconhecíveis são a Garrafa, o Camelo, o Índio, a Esfinge, a Taça e a Proa de Navio.

Represa dos Alagados, no rio Pitangui, sul do Paraná.

Possui um anfiteatro subterrâneo com uma queda d'água de 30 metros de altura, também debaixo da terra. O município apresenta ainda outras paisagens naturais muito apreciadas e uma rica reserva ecológica, que inclui locais como os chamados caldeirões do inferno, que são depressões circulares de até 107 metros de profundidade, com 80 metros de diâmetro. Numa dessas cavidades, um teleférico vertical leva os visitantes até uma profundidade de 54 metros, de onde se pode caminhar até um lago subterrâneo. Outro acidente geográfico de rara beleza na região é a lagoa Dourada, paraíso da fauna aquática local. A lagoa é alimentada por um rio subterrâneo, cuja ação erosiva desgastou as rochas e provocou a formação de cavernas em seu interior. O fundo da lagoa está coberto por uma camada de mica que faz a água brilhar como se fosse de ouro, quando exposta aos raios solares.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Artesanato de Matinhos















O artesanato de Matinhos se caracterizou, inicialmente, pela necessidade dos pescadores em confeccionar suas próprias ferramentas e utensílios de trabalho. Os cestos e balaios, traçados feitos com cipó “timbopeba”, começaram a agradar o gosto dos banhistas, iniciando assim a comercialização destas peças em novos tamanhos, cores e formatos.

Essas peças decoradas serviam apenas para a venda. Os pescadores continuavam a confeccionar rudimentarmente suas peças para uso próprio. Além dos cestos, os banhistas ainda encontravam outros objetos feitos com o mesmo traçado, como as esteiras de “peri”. No decorrer dos tempos a necessidade em atender as leis ambientais não permitiu mais que houvesse a extração destas matérias primas para dar continuidade ao trabalho, havendo a necessidade se pensar em novas alternativas.

Atualmente o artesanato local tem sido caracterizado pela reutilização de matéria prima natural como fibras do coco, escamas e pele de peixe, fibras da bananeira, conchas e sementes. Com estes recursos os artesãos dão formato a novos objetos de decoração, agradando aos admiradores do belo artesanato matinhense.



sábado, 14 de agosto de 2010


História de Matinhos

Entre Caiobá e Pontal do Sul, a praia arenosa é interrompida, por algumas dezenas de metros, por um costão rochoso de altura insignificante.Nesse local, quem viajava de Paranaguá a Matinhos pela orla marinha era obrigado a deixar a praia e atravessar um trecho de restinga de pouco mais de 100 metros, para então retornar à praia até chegar a Caiobá.

Esse trecho arenoso de mata baixa(mata de restinga, rica em epífitas) era conhecido como Matinho(sem o “s”).Em suas imediações, ao norte, desaguava um pequeno rio, que recebia topônimo homônimo.Era o Rio Matinho, já referido em 1820 por Saint Hilaire, atualmente retificado e canalizado.

A designação de Matinho, usual naqueles tempos, encontra-se nos mapas antigos.Com a chegada dos banhistas, o nome original foi alterado para Matinhos. A mata de restinga já não existe, dela nada restou!Era o “Matinho” daqueles poucos que aí moravam ou por aí passavam.Do matinho derrubado surgiu Matinhos, a cidade.

Conhecemos parte do que fora o “matinho”.Freqüentamos o balneário de Matinhos desde 1931.De certo modo, acompanhamos seu desenvolvimento através dos anos, a princípio muito lento e ultimamente acelerado e desordenado.No começo, apesar de não oferecer as facilidades da cidade, era um lugar aprazível e encantador.

Os primeiros vestígios da presença do homem na região foram encontrados no Sambaqui de Matinhos.Trata-se de remanescentes culturais de um povo que viveu no litoral do Paraná aproximadamente entre 3.000 e 5.000 anos passados, muito antes da presença do índio carijó.

Com a ocupação do território pelos portugueses, houve a miscigenação das culturas indígena e européia, que deu origem ao caboclo.Muito pouco se sabe a respeito da história da região de Matinhos e de seus primeiros povoadores, cujos descendentes aí viviam no início do estabelecimento dos balneários de Caiobá e Matinhos.

Isolados do resto do estado, os caboclos conservavam certos traços culturais herdados do indígena e do elemento lusitano.As enormes dificuldades de sobrevivência tornaram seu modo de vida extremamente simples, sem maiores preocupações artísticas com os utensílios do dia a dia, além daqueles de sua utilização prática.

Com o crescimento dos balneários, muita tradições caboclas desapareceram, como o estilo das casas, os aspectos da cozinha, o engenho de mandioca, etc.A tradição da pesca adaptou-se as novas exigências da comunidade.A canoa a remo e a vela foi substituída pela de motor 2 tempos.

Matinhos ficou sob a administração de Matinhos até 31 de Julho de 1938, quando o município homônimo foi extinto e anexado ao de Paranaguá. Ao ser restabelecido em 11 de Outubro de 1947, o Município de Matinhos perdeu a região de Matinhos. que ficou no território parnanguara.No dia 12 de Junho de 1967 foi promulgada a lei de emancipação do Município de Matinhos, que foi formalmente instalado em 19 de Dezembro de 1968.

A paisagem do Município de Matinhos é diversificada, compreendendo parte do maciço montanhoso da Serra da Prata e amplas áreas da planície costeira da Praia de Leste.Cada conjunto apresenta características próprias do ponto de vista geográfico, geológico e dos recursos naturais renováveis e não renováveis.

Trechos retirados do livro - Matinho: Homem e Terra / Reminiscências... Autor: João José Bigarella

Leia a obra completa que é muito interessante e enriquecedora.

Direitos: Prefeitura Municipal de Matinhos e Fundação João José Bigarella para Estudos e Conservação da Natureza.

Uma viagem nos idos de 1820...

Auguste Saint Hilaire, famoso naturalista francês, passou por Matinhos e Caiobá. De seu relato, algumas frases e opiniões:
“ Para ir de Paranaguá a Matinhos era preciso que houvesse pirogas e remadores para chegar à extremidade da baía(Pontal de Paranaguá).Após desembarcar no Pontal, era preciso encontrar carroças puxadas por bois, que pela orla do mar me levassem e à minha bagagem até a “baía de Caiobá”.

“Havia muito que o sol desaparecera quando partimos.Costuma-se percorrer de noite essa praia, porque os bois andam mais depressa sem a claridade do dia”.

“De madrugada chegamos à embocadura dum riozinho chamado Rio Matinho.Aí foi preciso esperar a maré baixa para que se pudesse passar”.

“De Matinho à Caiobá o terreno eleva-se acima da praia, com uma vegetação cheia de arbustos.É de se crer que vegetação semelhante margeia também a extensão da praia que a noite percorrêramos”.

“ Caiobá é uma enseada semi-circular designada como Baía de Caiobá.Nesse lugar o terreno não é mais baixo e alagadiço como em Paranaguá.Montes elevados e cobertos de mato estendem-se até o mar, e não permitem mais aos carros de bois costear.O caminho não é praticável senão por cavaleiros e pedestres.”

Trechos extraídos e adaptados do livro de Saint Hilaire : “Viagem no interior do Brasil”, publicado em 1851, traduzido em 1931 por David Antonio da Silva Carneiro e editado por J.B. Groff, em Curitiba.

Características e informações gerais sobre Matinhos

Matinhos está localizada no litoral do Paraná, com uma área aproximada de 215 km quadrados e 3 metros acima do nível do mar.

O clima é muito bom durante todo o ano, com temperatura média de 28 graus no verão e 20 graus no inverno, o que proporciona uma grande regularidade nas condições climáticas.

Está situada à 110 km de Curitiba, a capital do estado, e possui 36 balneários, iniciando no balneário Jardim Monções onde faz limite com o município de Pontal do Paraná e vai até o famoso Balneário de Caiobá, onde faz a divisa com Matinhos, são quase 17 kms de belas praias.

Em seu território correm 9 rios e são eles: da Draga, Matinhos, da Onça, Canal da Lagoa Amarela, Indaial, Novo, Cambará, do Meio e Cachoeirinha.
Em seu perímetro possui os morros Cabaraquara, Escalvado, Canela, Bico Torto, Taguá, Pedra Branca, Batatal e do Boi.

Também possui duas ilhas, a ilha do Farol e os Rochedos de Itacolomi.
População aproximada: 24.178 pessoas ( censo realizado no ano 2.000)
Número de eleitores: 19.597 pessoas votaram na eleição de 2004.
Estimativa atual da população do município: 32.000 pessoas.